De acordo com relatos, os policiais estavam trocando tiros com os criminosos quando a criança foi atingida no supercílio. A princípio, a informação era de que o menino teria sido baleado, mas posteriormente foi esclarecido que o ferimento era superficial, possivelmente causado por estilhaços ou queda. O menino está internado em um hospital da região, acompanhado pela mãe, e seu estado de saúde é estável. A família está sob escolta de um policial militar.
O advogado da família, André Lozano, relatou que a mãe da criança se abrigou com o filho atrás de um carro parado ao perceber a movimentação de tiros. Ela testemunhou o momento em que os policiais atiraram e logo em seguida ouviu o choro do menino. A Polícia Militar está intensificando sua presença na região de Paraisópolis, com o objetivo de garantir a segurança após o incidente.
A Ouvidoria das Polícias investiga o caso, levantando a possibilidade de fraude processual por parte dos agentes que atuaram na cena do crime. A comunidade local afirma que as operações policiais na região têm sido frequentes, com o intuito de combater o tráfico de drogas. Recentemente, uma ação da PM resultou na apreensão de uma grande quantidade de entorpecentes na favela.
A atuação da Polícia Militar em operações desse tipo gera polêmica e questionamentos, especialmente quando vidas inocentes, como a da criança ferida, são colocadas em risco. O episódio em Paraisópolis reforça a importância de um planejamento prévio e cauteloso por parte das autoridades de segurança para evitar consequências desastrosas como essa.