A agência de notícias estatal WAM descreveu a chuva como um “acontecimento climático histórico”, superando qualquer registro desde 1949, quando os dados começaram a ser coletados. O volume de chuva foi impressionante, alcançando 254 milímetros, o equivalente a duas vezes a precipitação média dos Emirados Árabes Unidos em um ano.
As precipitações começaram na noite de segunda-feira e se intensificaram na manhã de terça-feira, despejando mais chuva e granizo sobre uma cidade já saturada. Com mais de 142 milímetros de chuva em apenas 24 horas, Dubai viu sua média anual de 94,7 milímetros ser ultrapassada em um único dia.
Além dos transtornos nas vias, a chuva causou um grande engarrafamento, levando até mesmo a uma fatalidade, com a morte de um homem de 70 anos em Ras Al Khaimah. No aeroporto, as imagens de aeronaves tentando decolar em pistas alagadas viralizaram nas redes sociais, evidenciando o impacto das enchentes nos voos.
Uma possível explicação para a intensidade das chuvas nos Emirados Árabes Unidos foi a prática da “semeadura de nuvens”. Aviões operados pelo governo sobrevoam as nuvens queimando chamas especiais de sal, o que pode potencializar a precipitação. Meteorologistas locais afirmam que foram realizados voos de semeadura de nuvens antes das chuvas, embora o Centro Nacional de Meteorologia não tenha confirmado essas informações.
Com os Emirados Árabes Unidos buscando alternativas para obter água, a semeadura de nuvens é uma estratégia utilizada para aumentar as fontes de água subterrânea. Enquanto isso, cientistas alertam para os impactos das mudanças climáticas, que têm contribuído para tempestades extremas em todo o mundo. O cenário caótico em Dubai reflete não apenas eventos isolados, mas também um alerta para a urgência de ações climáticas globais.
