Durante a operação, foram apreendidos R$ 3,5 milhões em cheques, além de R$ 600 mil e US$ 8,6 mil em dinheiro nos locais de busca e apreensão. As investigações revelaram que as empresas investigadas funcionavam em nome de laranjas e atuavam principalmente em contratos de limpeza, vigilância e controle de acesso de prédios públicos. As empresas envolvidas no esquema eram constituídas pelas mesmas pessoas e se revezavam nos processos licitatórios.
Entre os presos estão vereadores de Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel e Cubatão, agentes públicos, empresários e um advogado que também é um dos defensores do traficante internacional André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap. A denúncia revela que o grupo possui contratos vigentes que somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos.
Além disso, outra operação recente do Ministério Público investiga a ligação de empresas de ônibus que atuam no transporte público de São Paulo com o PCC. A ação resultou na prisão de dirigentes das empresas Transwolff e UPBus, responsáveis pelo transporte de 700 mil passageiros diariamente na capital paulista. Essas empresas receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura de São Paulo em 2023, segundo a Promotoria.
A Justiça determinou que a SPTrans, empresa municipal de transporte, assumisse a operação das linhas administradas pelas duas empresas investigadas. O objetivo da operação é desarticular grupos suspeitos de lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas, roubos e outros crimes. A ação resultou na prisão de diversos suspeitos, incluindo líderes do PCC.
As investigações continuam em andamento e novos detalhes sobre o caso podem ser revelados à medida que avançarem as apurações. A colaboração das autoridades e a atuação eficaz do Ministério Público são fundamentais para combater essas práticas criminosas e garantir a justiça para a sociedade.