As autoridades policiais estão considerando a possibilidade de que os mortos tenham origem estrangeira, o que torna o caso ainda mais complexo e intrigante. As operações de busca e resgate do barco começaram no domingo, com a participação de uma embarcação da Marinha e um bote do Corpo de Bombeiros Militar de Bragança. A operação foi encerrada por volta das 23h30, quando a equipe chegou ao porto de Vila do Castelo, uma comunidade de pescadores na zona rural do município.
Os trabalhos de exame médico-legal e outros procedimentos serão realizados em conjunto pela equipe de peritos criminais federais da PF no Pará e por agentes da equipe de DVI (Identificação de Vítimas de Desastres) da PF, que é formada por peritos e papiloscopistas policiais federais do INC e do INI, ambos localizados em Brasília.
O DVI é um protocolo internacional utilizado pela Interpol para identificação de vítimas de desastres, que envolve a coleta de informações por meio de amostras de DNA, impressões digitais, odontologia forense e sinais físicos como tatuagens ou cicatrizes, além da busca por informações sobre possíveis familiares das vítimas.
O barco foi descoberto por pescadores na manhã de sábado próximo à ilha de Canelas, e o resgate contou com o apoio de diversos órgãos estaduais e municipais, como Polícia Militar, Polícia Científica do Estado, Guarda Municipal de Bragança, Defesa Civil Municipal e Departamento Municipal de Mobilidade Urbana e Trânsito.
Segundo Ubiranilson Oliveira, coordenador municipal da Defesa Civil de Bragança, o trabalho de perícia ainda não tinha começado até o início da tarde desta segunda-feira. A comunidade local permanece em alerta aguardando novas informações sobre esse misterioso caso.