Segundo um estudo do Observatório de Políticas Públicas da USCS, realizado pela professora Claudia Tavares Alvarenga, especialista em fisioterapia respiratória e terapia intensiva neonatal e pediátrica, a inovação tecnológica se tornou essencial para o avanço e manutenção da vida nos últimos anos. No entanto, a escassez de recursos tecnológicos ainda é um grande desafio para a implementação dessas melhorias na região.
A telemedicina é um exemplo dos benefícios da tecnologia na saúde, permitindo o acompanhamento de pacientes a distância e o monitoramento remoto da saúde. No entanto, apenas São Caetano possui um projeto em vigor na região, oferecendo 14 especialidades em consultas virtuais. Em Santo André e São Bernardo, a telemedicina ainda está em fase experimental, com serviços sendo testados em unidades específicas.
As desigualdades são evidentes, com algumas cidades do ABC investindo mais na informatização da saúde do que outras. Santo André, São Bernardo, Mauá e São Caetano, por exemplo, implementaram prontuários eletrônicos, facilitando o acesso ao histórico dos pacientes em toda a rede de saúde. No entanto, ainda existem falhas, como a experiência de um paciente na UBS Vila Magini, que enfrentou problemas no acesso aos exames realizados.
Apesar dos desafios, avanços positivos foram observados durante a pandemia, como a digitalização de pedidos de consultas e exames em Santo André, que resultou em quase 190 mil consultas e 312,4 mil exames oferecidos em 2023. Em Diadema, a modernização do sistema de saúde possibilitou a ampliação da oferta de consultas e exames, reduzindo as filas de espera.
No entanto, ainda há muito a ser feito para melhorar o sistema de saúde do SUS na região, especialmente em relação ao financiamento insuficiente. A implementação de tecnologias na saúde é fundamental para garantir um atendimento mais eficiente e acessível, mas é preciso superar os desafios e as desigualdades para alcançar resultados mais significativos.