Os dados dessa importante operação foram divulgados nesta sexta-feira (12) pela Casa de Governo em Boa Vista, base fixa do executivo federal em Roraima, responsável por acompanhar de perto a situação dos indígenas yanomamis. A ação contou com a participação de 343 agentes, a maioria militares, que realizaram 312 ações de inteligência, fiscalização e repressão para desmobilizar a logística de apoio ao crime.
A operação Catrimani das Forças Armadas teve início no dia 4 de março e se estendeu até 10 de abril, envolvendo diversos órgãos como ministérios, agências nacionais, Polícia Federal e Ibama. Durante a ação, foram destruídos 200 motores, 36 geradores de energia, 49 acampamentos, e inutilizados mais de 38 mil litros de óleo diesel e 6,6 mil litros de gasolina de aviação.
A ANP fiscalizou pontos de abastecimento de combustíveis, a Anac inspecionou 121 aeronaves, e agentes federais recolheram três balsas e destruíram outras 12 utilizadas no transporte fluvial do garimpo. Além disso, foram apreendidos mais de 114 quilos de mercúrio e 7,3 toneladas de cassiterita, materiais prejudiciais ao meio ambiente.
Essa intensa operação faz parte de um plano mais abrangente do governo para combater o garimpo ilegal na TI Yanomami, que incluiu o estabelecimento da Casa de Governo em Boa Vista, a primeira fase da Operação Catrimani, e a liberação de R$ 1 bilhão em crédito extraordinário. Com aproximadamente 27 mil indígenas vivendo na região, a Terra Indígena Yanomami é a maior do Brasil em extensão e população, sendo vital para a preservação da cultura e do meio ambiente.