Buscando melhorias nesse cenário, pesquisadores têm investido em novas tecnologias de asfalto, como é o caso do asfalto-borracha. Composto por pó de pneus reciclados, esse tipo de pavimento tem chamado atenção por sua durabilidade e resistência, além de contribuir para a preservação do meio ambiente, evitando que pneus descartados poluam o ambiente por até 600 anos.
Recentemente, a concessionária CCR AutoBAn anunciou que utilizará o asfalto-borracha em 100% das obras de recapeamento do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, em um trecho de aproximadamente 2.100 km que contará com cerca de 1,3 milhão de pneus reciclados. As vantagens desse tipo de revestimento incluem maior durabilidade, resistência ao clima e ruídos, além de uma melhor aderência, contribuindo para a segurança no tráfego de veículos de carga.
Embora o asfalto-borracha tenha sido introduzido no Brasil no início dos anos 2000, ainda existem questionamentos sobre sua real eficácia e impactos, especialmente no que diz respeito à saúde e ao meio ambiente. Alguns especialistas defendem a necessidade de mais pesquisas científicas para comprovar a validade desse tipo de asfalto, garantindo que ele realmente seja uma alternativa sustentável e eficiente.
Diante do cenário de modernização e busca por soluções mais sustentáveis nas rodovias, o debate em torno do asfalto-borracha continua em pauta, com defensores destacando suas qualidades e custo-benefício, enquanto críticos pedem por mais estudos e análises para avaliar seus impactos a longo prazo. É importante que essas questões sejam tratadas de forma transparente e responsável, visando o melhor para a infraestrutura viária e para a sociedade como um todo.