Durante o pregão, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) tiveram oscilações. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 10,045%, enquanto o DI para janeiro de 2026 fechou em 10,22%. Já o DI para janeiro de 2027 manteve-se estável em 10,53% e o de janeiro de 2029 ficou em 11,08%.
Pela manhã, a alta firme das taxas foi influenciada pela desvalorização do câmbio e pelo aumento do risco geopolítico, que fez com que os investidores buscassem ativos mais seguros, como os Treasuries. O dólar chegou a atingir R$ 5,14 e o retorno da T-Note de dez anos ficou abaixo de 4,50%. Os juros de médio e longo prazo chegaram a subir cerca de 10 pontos.
No entanto, no início da tarde, as taxas perderam parte do impulso, acompanhando a desaceleração do dólar e do petróleo, além da estabilização do yield da T-Note de dez anos em torno de 4,50%. O estrategista-chefe da Monte Bravo, Alexandre Mathias, destacou que as taxas reagiram de forma moderada ao aumento da aversão ao risco externo.
O aumento das tensões geopolíticas e a situação fiscal do Brasil foram os principais motivos apontados pelos analistas para a variação das taxas. A semana encerrou com um avanço em torno de 20 pontos na ponta longa da curva e cerca de 10 pontos nos vencimentos de curto prazo. A piora na percepção sobre os juros nos Estados Unidos e as questões fiscais domésticas contribuíram para esse cenário.
A avaliação do mercado é que, caso as ameaças do Irã se concretizem, haverá impacto sobre os ativos, especialmente no preço do petróleo. A incerteza em relação à política fiscal no Brasil também preocupa os investidores, com questões envolvendo os gastos do governo e a pressão por reajustes no funcionalismo. O cenário político interno, com atritos entre ministros e parlamentares, também é visto como um fator de preocupação para a economia brasileira.