Com um repertório eclético e cheio de hits, Kocó sempre se destacou nos palcos com sua presença marcante e animada, mesmo após cinco décadas de carreira. Seu último sucesso, a música “Forró Elegante”, fazia referência aos paredões de som que embalam os jovens da região. Sempre usando seus característicos óculos escuros, o artista se reinventava a cada apresentação.
Nascido no Rio de Janeiro em 1951, Kocó mudou-se para Salvador ainda jovem e foi lá que encontrou sua paixão pela música e conheceu sua esposa, Sonia Maria Cardoso Leite. Juntos, eles formaram uma família e enfrentaram desafios ao longo dos anos, incluindo a perda de seu filho mais velho, Clóvis Júnior, em 2009.
Além de sua carreira musical, Kocó sempre cultivou o desejo de estudar e, aos 60 anos, decidiu voltar para a sala de aula e se formar em administração de empresas. Sua dedicação à música e à educação rendeu-lhe reconhecimento, como a Comenda 2 de Julho, a maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia.
Infelizmente, a saúde de Kocó foi fragilizada ao longo dos anos devido à diabetes, condição que não foi devidamente controlada. Após passar por um transplante de fígado e enfrentar complicações no período de recuperação, o músico faleceu em fevereiro deste ano, deixando um legado de alegria e música para sua esposa, filho, netos e fãs.
A morte de Kocó representa uma perda irreparável para a música baiana e para todos aqueles que tiveram o privilégio de ouvir sua voz poderosa e contagiante nos palcos do Nordeste. Sua memória e seu legado certamente perdurarão por gerações, como um exemplo de dedicação, paixão e talento no cenário artístico nacional.