Segundo o decreto assinado pelo prefeito, qualquer alteração na quantidade de radares só poderá ser feita após uma análise prévia dos critérios técnicos, viabilidade operacional e com a comprovação da necessidade de segurança viária. Atualmente, São Paulo conta com 877 radares de fiscalização de trânsito em toda a cidade, de acordo com dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Essa decisão surge pouco tempo após a CET anunciar a implantação e troca dos equipamentos de fiscalização eletrônica na cidade, com a previsão de contar com 1.538 pontos de fiscalização eletrônica em 20 mil km de vias urbanas. No entanto, a notícia dessas novas medidas foi posteriormente retirada do site da CET, sem maiores explicações por parte do órgão.
Durante um evento realizado nesta quinta-feira, o prefeito Ricardo Nunes ressaltou que a política de segurança no trânsito da cidade prioriza a utilização dos radares para inibir a alta velocidade e não como um meio de arrecadação de recursos. Ele reforçou que qualquer aumento no número de radares será baseado em estudos técnicos prévios que garantam a eficácia na segurança viária.
Além disso, o decreto assinado por Nunes também determina que a política de segurança no trânsito deve priorizar projetos e inovações voltadas para a mobilidade e o trânsito, como o Programa Faixa Azul, Programa Áreas Calmas e Programa Cicloviário. A Faixa Azul exclusiva para motos é uma das principais iniciativas da gestão de Nunes, com foco na redução das mortes de motociclistas.
Diante dessas novas medidas e da polêmica envolvendo a frota de radares na cidade de São Paulo, a população aguarda por informações mais claras e detalhadas sobre as políticas de segurança viária que serão adotadas pela gestão municipal. Enquanto isso, a discussão sobre a eficácia dos radares de trânsito e sua relação com a redução de acidentes permanece em destaque.