A Operação Fim da Linha, coordenada pelo Ministério Público de São Paulo com a participação da Receita Federal e da Polícia Militar, resultou na intervenção municipal das empresas, que agora serão administradas por diretores da SPTrans, nomeados por Nunes. Mesmo com essa intervenção, o órgão que gerencia o transporte público municipal assegurou que a operação segue normal em todas as linhas de ônibus da cidade.
O sindicato dos motoristas de São Paulo também confirmou que a circulação dos ônibus está ocorrendo sem problemas. A Polícia Militar reforçou o patrulhamento preventivo na zona sul e nas garagens das empresas, com uma operação de segurança chamada de Impacto, que visa garantir o fluxo de veículos na cidade e proporcionar segurança à população.
A operação realizada na terça-feira resultou na prisão de quatro pessoas ligadas às empresas e no afastamento de outras 21. A Justiça determinou que a prefeitura assumisse as operações das empresas para garantir o serviço sem prejudicar a população. Juntas, a Transwolff e a Upbus transportam mais de 700 mil passageiros diariamente na capital paulista e receberam uma remuneração de mais de R$ 800 milhões da Prefeitura de São Paulo em 2023, de acordo com a Promotoria.
Essas suspeitas de ligação entre empresas de ônibus e o PCC não são novas, já que há dois anos a Polícia Civil realizou operações contra companhias do ramo. A investigação identificou 18 criminosos da facção com participação na empresa UPBus. Apesar de casos de violência ligados a essas relações, as autoridades seguem vigilantes para garantir a segurança e o bom funcionamento do transporte público na cidade de São Paulo.