As duas empresas tiveram uma intervenção municipal e serão administradas temporariamente por diretores da SPTrans, nomeados pelo prefeito Ricardo Nunes. O objetivo principal da operação é garantir o fluxo de veículos na cidade, sendo que o patrulhamento não se restringirá apenas à zona sul, mas se estenderá por toda a capital.
O comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas, ressaltou a importância da ação preventiva, visando desestabilizar as possíveis ações do crime organizado. Durante a operação, quatro mandados de prisão foram cumpridos, bem como 52 mandados de busca e apreensão contra os dirigentes das empresas de ônibus.
Luiz Carlos Efigênio Pacheco, dono da Transwolff, e Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da mesma empresa, foram presos, juntamente com outros envolvidos. No entanto, Silvio Luiz Ferreira, conhecido como Cebola e considerado uma liderança do PCC, permanece foragido, sendo apontado como dono de vários ônibus da UPBus.
As suspeitas de envolvimento entre empresas de ônibus e o PCC não são novas, sendo que a Polícia Civil já realizou operações nesse sentido anteriormente. A investigação apontou para a presença de criminosos ligados à facção dentro das empresas de transporte coletivo. As empresas envolvidas ainda não se pronunciaram sobre o caso, e a defesa dos presos também não foi contatada até o momento.
Em meio a essa operação em andamento, a Receita Federal iniciou fiscalizações em pessoas físicas e jurídicas, devido a indícios de irregularidades fiscais. A ação conjunta entre as autoridades busca desmantelar as conexões entre o crime organizado e as empresas de transporte, visando garantir a segurança e a ordem na cidade de São Paulo.