Normalmente, a orientação para lidar com haters e provocadores nas redes sociais é simples: ignorar. No entanto, Moraes decidiu responder à provocação de Musk de forma judicial, ampliando assim a voz do empresário e dando a ele o protagonismo que desejava. A atitude do ministro acabou gerando críticas e polêmicas, prejudicando a imagem do STF perante a opinião pública.
O fato levanta questões sobre a presença de membros do STF em redes sociais, pois a proximidade com o ambiente digital pode expô-los a situações desfavoráveis e armadilhas plantadas por usuários mal intencionados. Além disso, a discussão coloca em evidência a necessidade urgente de regulamentação das redes sociais, especialmente no que diz respeito à disseminação de fake news, discurso de ódio e responsabilidade das grandes empresas de tecnologia, incluindo o império de Musk.
Se Moraes tivesse optado por ignorar a provocação de Musk, a polêmica teria se limitado a algumas horas nas redes sociais e logo seria esquecida. No entanto, ao entrar na discussão, o ministro acabou dando ainda mais visibilidade ao assunto e fortaleceu a narrativa da extrema direita, que criticou a atitude do STF. A vaidade, nesse caso, se mostrou uma aliada perigosa.
A lição que fica é a importância de saber escolher as batalhas a serem enfrentadas nas redes sociais, evitando se envolver em discussões improdutivas que possam prejudicar a imagem e a credibilidade das instituições. A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas também exige cautela e discernimento na sua utilização, principalmente por parte das autoridades e figuras públicas.
