Paim ressaltou a importância de Ziraldo para a cultura brasileira, destacando sua vasta criação de mais de 80 personagens, dentre eles o emblemático Menino Maluquinho, que encantou milhões de leitores. O senador mencionou a obra do escritor como sinônimo de alegria, criatividade e imaginação, e também destacou a atuação de Ziraldo como cronista e dramaturgo, com obras traduzidas para diversos países.
A trajetória de Ziraldo, desde seus primeiros passos em Caratinga (MG) até a consagração nacional com a revista Turma do Pererê, foi lembrada com carinho por Paim. O senador recordou também os prêmios recebidos pelo cartunista, que enfrentou perseguições durante a ditadura militar, mesmo sendo filiado a partidos de esquerda como o PCB e o PSol.
Durante a sessão, o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) enfatizou a pluralidade de talentos de Ziraldo, evidenciando sua grandeza como artista. Para Rodrigues, Ziraldo deixa um legado de alegria para todos os brasileiros, representado principalmente pelo Menino Maluquinho, personagem que retrata de forma simples e complexa a infância no Brasil.
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) expressou sua dor pela perda do amigo pessoal e gênio Ziraldo, manifestando solidariedade aos familiares e amigos do escritor. Kajuru ressaltou a imortalidade do legado deixado por Ziraldo, que agora descansa nos braços de Deus.
Ziraldo Alves Pinto, nascido em Caratinga (MG) em 1932, teve uma vida marcada pelo talento artístico desde a infância, quando começou a publicar seus desenhos em jornais. Além de sua carreira como jornalista e cartunista, Ziraldo foi reconhecido como escritor infantil, criando obras como a Turma do Pererê e o Menino Maluquinho, que transcenderam os livros e ganharam adaptações para teatro e cinema.
O legado de Ziraldo também inclui sua participação ativa no jornal Pasquim, um importante veículo de oposição à ditadura militar, pelo qual o escritor foi perseguido e preso. Seu trabalho foi amplamente premiado e homenageado, sendo reverenciado inclusive por escolas de samba em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Ziraldo deixa esposa, três filhos e milhões de admiradores, que seguirão mantendo viva sua memória e obras fundamentais para a cultura do nosso país. Sua partida deixa uma lacuna irreparável no cenário artístico brasileiro, mas o seu legado de alegria e imaginação perdurará por gerações.