Professores da UnB aprovam greve a partir de segunda-feira em busca de reajuste e equiparação salarial com servidores do Legislativo e Judiciário.

Os professores da Universidade de Brasília (UnB) aprovaram em assembleia geral extraordinária a deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (15). Com a presença de aproximadamente 600 educadores, a decisão contou com 257 votos favoráveis e 213 contrários. Além dos professores, representantes do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Sintfub), que já estão em greve desde março, e do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB) também manifestaram apoio à paralisação.

O motivo da greve se dá em meio a uma pauta nacional unificada, na qual os docentes das universidades federais reivindicam um reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais ao longo dos próximos anos. Por outro lado, o governo federal propõe um reajuste zero para o ano atual e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026, o que tem gerado insatisfação entre os professores, que também cobram a equiparação dos benefícios e auxílios com os servidores do Legislativo e do Judiciário.

Em nota, a Reitoria da UnB comunicou que respeita o movimento de paralisação dos docentes, reconhecendo a importância dos professores para a instituição e destacando o compromisso social da universidade em relação às reivindicações da categoria.

A greve, que contará com a manutenção dos serviços essenciais, terá a formação de um comando local de greve composto pela diretoria da seção sindical, conselho de representantes e a comissão de mobilização da campanha salarial. A mobilização dos professores faz parte de uma greve nacional unificada que está sendo articulada em diversas instituições federais de ensino em todo o país.

O Ministério da Educação (MEC) também se pronunciou, destacando os esforços realizados para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação e ressaltando o reajuste concedido pelo governo federal aos servidores públicos no ano anterior. A construção da greve nacional unificada continua mobilizando professores de diversas instituições, com a expectativa de mais greves a serem deflagradas ao longo da semana em outras universidades e institutos federais.

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