A ação, que é a segunda fase de uma operação que corre em segredo de Justiça, teve como alvo 18 pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas com a lavagem de dinheiro do crime organizado, de acordo com informações do delegado Marcos Casseb, responsável pela condução da operação no 30° DP (Tatuapé).
Casseb destacou que a lavagem de dinheiro ligada ao crime movimenta “dezenas de milhões de reais”, podendo chegar a cifras ainda maiores. Os veículos de luxo foram apreendidos em duas lojas de automóveis na região do Tatuapé, e os proprietários dos estabelecimentos serão alvos de investigação.
A Polícia Civil pretende averiguar se houve lavagem de dinheiro por meio da compra dos veículos e outros bens por parte do crime organizado. Durante uma coletiva de imprensa, o delegado afirmou que a atuação do crime na região do Tatuapé reflete em todo o estado de São Paulo.
Em uma fase anterior da investigação, realizada em julho do ano passado, outros veículos de luxo, como um McLaren, também foram apreendidos pelo 30° DP. Na ocasião, uma pessoa foi presa por porte ilegal de munição e dinheiro em espécie.
Os bens apreendidos, segundo informações da polícia, estão em nomes de laranjas ou de empresas fantasmas, atuando nos setores da construção civil, comercialização de imóveis e veículos, bem como empresas contábeis, utilizadas por quadrilhas para encobrir a origem ilícita.
A atual fase da investigação tem como objetivo coletar informações que podem levar a futuras prisões de suspeitos envolvidos com o crime organizado. A operação continua em andamento, e novos desdobramentos podem surgir à medida que as investigações avançam.