Após serem monitorados e terem seus telefones grampeados, os fugitivos foram recapturados na última quinta-feira (4), junto com mais quatro pessoas, em uma ponte sobre o rio Tocantins, a cerca de 1.600 km do local da fuga. Segundo as investigações, os detentos tentavam sair do país com a ajuda do Comando Vermelho.
Durante a fuga, os fugitivos foram para uma ilha chamada Ilha do Mosqueiro, localizada a 70 quilômetros de Belém (PA), onde foram finalmente encontrados pela Polícia Federal em uma ação conjunta com o Ministério da Justiça.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que os fugitivos estavam recebendo ajuda externa de organizações criminosas às quais pertenciam. A prisão dos fugitivos ocorreu após uma tentativa de reação durante a abordagem policial, onde um dos fugitivos portava um fuzil.
A caçada aos fugitivos envolveu um grande aparato policial, com gastos que somaram R$ 6 milhões ao longo dos 50 dias de buscas. A Polícia Rodoviária Federal foi o órgão que mais gastou, seguido pela Força Nacional, Polícia Federal e Força Penal Nacional.
Após a captura, a dupla retornou ao presídio de Mossoró para cumprir o restante de suas penas. Esta foi a primeira fuga de detentos de uma prisão federal desde a criação desse sistema penitenciário em 2006, o que gerou uma crise de segurança pública para o governo federal e expôs uma fragilidade do sistema prisional.