O crime hediondo foi motivado, segundo as acusações, pelo fato do menino ser considerado um estorvo para o relacionamento das duas mulheres. Miguel sofria torturas físicas e psicológicas, como foi apresentado durante o julgamento através de mensagens de aplicativos, vídeos e objetos utilizados para a agressão. Um dado perturbador mostrado ao júri foi a pesquisa no celular de Yasmin sobre a permanência de digitais humanas na água salgada do mar, indicando um possível planejamento do crime.
O trágico desfecho para Miguel ocorreu após ser dopado e seu corpo escondido em uma mala antes de ser jogado nas águas do Rio Tramandaí. Durante o julgamento, a defesa de Yasmin tentou argumentar que a responsabilidade seria de homicídio culposo, porém a versão não convenceu o júri, que acatou as acusações do Ministério Público e as condenou pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver.
Os depoimentos das acusadas durante o julgamento revelaram trocas de acusações mútuas, com Yasmin assumindo a responsabilidade pelo homicídio, enquanto Bruna alegava que a mãe do menino foi quem administrou o medicamento letal. Mesmo com os argumentos apresentados, as condenações foram mantidas e as rés, que já estavam presas preventivamente desde o ano passado, não poderão recorrer em liberdade.
O desfecho do julgamento trouxe um pouco de justiça para o caso de Miguel, porém a crueldade do crime e a relação perturbadora das acusadas com o menino continuam a chocar a todos. A condenação das responsáveis pelo assassinato de uma criança inocente é um lembrete da importância da proteção dos direitos das crianças e do combate à violência doméstica.