A retinopatia diabética, complicação do diabetes mellitus, é considerada a principal causa de cegueira em pessoas em idade laboral. Quando lesões de retinopatia afetam a mácula, ocorre o edema macular diabético. O Brasil é o sexto país com maior prevalência de diabetes e os dados indicam que o edema macular diabético é a principal causa de perda visual entre os diabéticos.
Em 2021, estima-se que 15,7% da população adulta brasileira apresentava diabetes, com projeção de 23,2% até o ano de 2045. Muitos pacientes com diabetes tipo 2 são diagnosticados tardiamente e cerca de 30% deles já podem apresentar algum grau de retinopatia no momento do diagnóstico. Segundo estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a retinopatia diabética é responsável por 4,8% dos casos de cegueira devido a doenças oculares, afetando cerca de 1,8 milhão de pessoas.
A assistência aos pacientes com edema macular diabético pelo SUS é realizada em Centros de Referência em Oftalmologia. No entanto, o acesso a esses serviços especializados costuma ser demorado. O deputado Dr. Zacharias Calil destaca a necessidade de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) em Retinopatia Diabética, visando incluir novas tecnologias em saúde e repactuar o financiamento desses tratamentos.
Diante desse cenário, a audiência pública se torna fundamental para discutir soluções que possam melhorar a assistência aos pacientes com edema macular diabético e garantir o acesso a tratamentos adequados no SUS. A participação dos profissionais de saúde, gestores públicos e representantes da sociedade civil é essencial para encontrar caminhos que proporcionem uma melhor qualidade de vida para os pacientes diabéticos.