Desmatamento na Amazônia cai 41,7% no primeiro trimestre de 2024, enquanto no cerrado atinge patamar histórico mais alto.

O desmatamento na Amazônia e no Cerrado brasileiro tem sido alvo de atenção nos últimos meses, com dados alarmantes divulgados periodicamente. No entanto, o mais recente levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) traz uma notícia positiva: houve uma redução de 41,7% no desmatamento da Amazônia no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso representa uma perda de 491,8 km² de vegetação nativa, contra 844,6 km² em 2023.

Enquanto isso, no Cerrado, o índice de desmatamento aumentou 2% nos primeiros três meses de 2024, atingindo o nível mais alto desde o início da série histórica em 2016. Foram desmatados 1.445,6 km², o equivalente à área da cidade de São Paulo (1.521 km²).

Os dados foram divulgados pelo sistema Deter do Inpe e englobam registros até o final de março para a Amazônia e até o final de março para o Cerrado. O monitoramento mensal aponta uma queda de 59% no desmatamento da Amazônia em março, passando de 356,1 km² em 2023 para 146,6 km² em 2024. Já no Cerrado, houve um aumento de 17%, com a área afetada passando de 423,2 km² para 494,1 km² no mesmo período.

É importante ressaltar que o início do ano, marcado pelas chuvas nos biomas, geralmente apresenta números mais positivos em relação ao desmatamento, devido às condições climáticas desfavoráveis para a atividade. Além disso, a cobertura de nuvens atrapalha a captação de imagens pelos satélites utilizados pelo sistema Deter.

O Deter emite alertas de desmatamento para orientar ações de fiscalização do Ibama e outros órgãos, sendo um dado preliminar. Os números oficiais são fornecidos pelo sistema Prodes do Inpe, que é mais preciso e divulgado anualmente. Em novembro do ano passado, o Prodes apontou uma redução de 22,3% no desmatamento da Amazônia e um aumento de 3% no Cerrado em relação ao período anterior.

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