No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o setor público consolidado apresenta um superávit primário de R$ 53,455 bilhões. Porém, nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, as contas acumulam um déficit primário de R$ 268,229 bilhões, equivalente a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).
No ano anterior, em 2023, as contas públicas fecharam com um déficit primário de R$ 249,124 bilhões, representando 2,29% do PIB. Em fevereiro, o Governo Central teve um déficit primário de R$ 57,821 bilhões, em contraste com o déficit de R$ 39,238 bilhões no mesmo período do ano passado.
Os governos estaduais apresentaram um superávit de R$ 7,486 bilhões em fevereiro, enquanto os governos municipais registraram um resultado positivo de R$ 1,160 bilhão no mesmo mês. As empresas estatais federais, estaduais e municipais tiveram um superávit primário de R$ 483 milhões em fevereiro.
Os gastos com juros totalizaram R$ 65,166 bilhões em fevereiro, um leve aumento em relação ao mesmo período do ano anterior. A dívida líquida do setor público atingiu R$ 6,693 trilhões em fevereiro, representando 60,9% do PIB, enquanto a dívida bruta do governo geral chegou a R$ 8,301 trilhões, correspondente a 75,5% do PIB.
Esses números refletem a situação financeira do país e são acompanhados de perto por investidores e agências de classificação de risco, que consideram o endividamento público ao avaliar a economia brasileira. A expectativa é de que medidas sejam adotadas para reverter o cenário de déficits e garantir uma maior saúde financeira para o país.