Déficit do Governo Federal em fevereiro impulsiona saldo negativo das contas públicas para R$ 48,692 bilhões, de acordo com estatísticas fiscais.

As contas públicas fecharam o mês de fevereiro com um saldo negativo devido ao déficit do governo federal, causado pela antecipação do pagamento de precatórios em 2024. De acordo com as estatísticas fiscais divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (5), o setor público consolidado, que engloba a União, estados, municípios e empresas estatais, registrou um déficit primário de R$ 48,692 bilhões em fevereiro.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o setor público consolidado apresenta um superávit primário de R$ 53,455 bilhões. Porém, nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, as contas acumulam um déficit primário de R$ 268,229 bilhões, equivalente a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).

No ano anterior, em 2023, as contas públicas fecharam com um déficit primário de R$ 249,124 bilhões, representando 2,29% do PIB. Em fevereiro, o Governo Central teve um déficit primário de R$ 57,821 bilhões, em contraste com o déficit de R$ 39,238 bilhões no mesmo período do ano passado.

Os governos estaduais apresentaram um superávit de R$ 7,486 bilhões em fevereiro, enquanto os governos municipais registraram um resultado positivo de R$ 1,160 bilhão no mesmo mês. As empresas estatais federais, estaduais e municipais tiveram um superávit primário de R$ 483 milhões em fevereiro.

Os gastos com juros totalizaram R$ 65,166 bilhões em fevereiro, um leve aumento em relação ao mesmo período do ano anterior. A dívida líquida do setor público atingiu R$ 6,693 trilhões em fevereiro, representando 60,9% do PIB, enquanto a dívida bruta do governo geral chegou a R$ 8,301 trilhões, correspondente a 75,5% do PIB.

Esses números refletem a situação financeira do país e são acompanhados de perto por investidores e agências de classificação de risco, que consideram o endividamento público ao avaliar a economia brasileira. A expectativa é de que medidas sejam adotadas para reverter o cenário de déficits e garantir uma maior saúde financeira para o país.

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