Após 50 dias em fuga, Polícia Federal prende fugitivos da penitenciária federal de Mossoró em operação intensa.

Na madrugada do dia 14 de fevereiro, uma fuga inédita no sistema penitenciário federal chocou o país. Dois detentos, Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, também chamado de Tatu ou Deisinho, escaparam da penitenciária federal de Mossoró e iniciaram um período de 50 dias de fugitivos, completando esta inusitada marca nesta quinta-feira (4).

Durante esses dias, os fugitivos causaram diversas ocorrências na região onde se esconderam. Mantiveram uma família refém, foram avistados em diferentes comunidades, agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna e, segundo investigadores, é suspeito que tenham recebido a proteção de membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro em parte desse tempo.

A fuga colocou em xeque a capacidade do governo federal em lidar com a segurança pública, especialmente porque ocorreu nas primeiras semanas da gestão de Ricardo Lewandowski à frente do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, trazendo à tona a fragilidade do sistema penitenciário federal.

Mais de 600 policiais, incluindo cem integrantes da Força Nacional, foram mobilizados para capturar os fugitivos, o que gerou uma grande operação policial envolvendo helicópteros e drones.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que foram identificadas falhas nas câmeras de segurança e no sistema de iluminação da penitenciária que poderiam ter auxiliado na detecção da fuga. Os investigadores descobriram que os fugitivos usaram uma barra de ferro retirada da própria cela para abrir um buraco no vão da luminária e, assim, escaparem do presídio.

Apesar da dificuldade de recapturar os fugitivos, a Polícia Federal conseguiu finalmente realizar a prisão de Martelo e Tatu/Deisinho, encerrando um período de 50 dias de angústia para a população local e para as autoridades responsáveis pela segurança pública.

Essa foi, sem dúvidas, uma ação histórica no sistema penitenciário federal, que ficará marcada como um verdadeiro desafio para a gestão de Segurança Pública do governo federal.

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