O governo de Mato Grosso alegava que o edital previa a entrega da obra no primeiro trimestre de 2014, porém o contrato só foi assinado em junho com prazo de 24 meses para conclusão. Passados quase dez anos do prazo original, o VLT, que consumiu mais de R$ 1 bilhão em recursos, começou a ser desmontado no ano passado em Cuiabá e Várzea Grande, com apenas seis quilômetros de trilhos instalados.
O sistema, que deveria beneficiar a mobilidade na região do aeroporto Marechal Rondon, foi alvo de críticas e polêmicas políticas. Comerciantes locais expressaram frustração com a situação, clamando por uma solução rápida, independentemente de ser o VLT, ônibus ou nada. A população já havia perdido muito com a indefinição em torno do projeto, que ficou conhecido como o “VLT da corrupção” devido aos gastos excessivos, suspeitas de corrupção e ao fato de nunca ter funcionado.
Em 2020, o governador Mauro Mendes anunciou o abandono do VLT em favor da implantação do BRT, corredores de ônibus que teriam custo mais baixo, prazo de conclusão mais rápido e tarifas mais acessíveis. Mesmo assim, a Prefeitura de Cuiabá defendeu o projeto do VLT, alegando modernidade, economia e segurança.
Apesar das divergências, em 2023 foram apresentados estudos para a implantação do BRT, com previsão de diminuir o tempo de viagem de uma hora e 27 minutos para 42 minutos entre o terminal e o centro de Cuiabá. Com um custo estimado mais baixo do que a finalização do VLT, a implementação do BRT parece ser a solução mais viável para a mobilidade na região.