As instituições públicas federais se destacaram no relatório, sendo que 94 das 111 avaliadas alcançaram IGC 4 ou 5, sem nenhuma delas ficando nas faixas 1 e 2. Por sua vez, as instituições comunitárias viram um aumento significativo, passando de 31 para 39 na pontuação entre 2018 e 2022. Já as instituições privadas com fins lucrativos, representando 53% do total avaliado (1.503 instituições), tiveram um aumento de 183 para 215 instituições com IGC igual a 4 ou 5 no mesmo período.
O IGC é calculado a partir das notas do Conceito Preliminar de Curso (CPC) e dos conceitos Capes dos cursos de pós-graduação stricto sensu, levando em consideração o número de matrículas em cada curso. Segundo o Inep, as instituições que oferecem cursos de mestrado e doutorado se destacaram nas faixas 4 e 5 do indicador, demonstrando uma maturidade institucional relevante.
Além do IGC, o Inep também divulgou resultados de outros indicadores de qualidade da educação superior. O Conceito Preliminar de Curso (CPC) avaliou quase nove mil cursos de graduação, sendo que 35,9% obtiveram desempenho entre as faixas 4 e 5, enquanto 54,4% ficaram na média (3). O Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) mostrou que as instituições públicas federais, estaduais e comunitárias se destacaram nas faixas superiores, com mais de 30% dos cursos atingindo níveis 4 e 5, analisados em uma amostra de 7.569 cursos.
Os resultados indicam um crescimento no número de docentes com mestrado e doutorado nas instituições de ensino, além de uma avaliação positiva dos estudantes em relação às condições oferecidas para os cursos de graduação. A qualidade do ensino superior no Brasil parece estar em ascensão, à medida que mais instituições buscam um alto padrão de excelência acadêmica.