O neurologista Vinícius Lopes Braga, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, tem recebido relatos de famílias de autistas que enfrentam preconceito devido ao desconhecimento da sociedade. O autismo não apresenta uma característica física óbvia que permita sua identificação, o que muitas vezes leva a situações constrangedoras e mal-entendidos.
Para evitar incidentes desse tipo, algumas famílias chegam a criar pulseiras e cordões de identificação para os pacientes com TEA. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento, uma vez que a neuroplasticidade do cérebro é maior em idades mais jovens, facilitando a evolução e adaptação das crianças autistas.
Os principais sinais do TEA estão relacionados a alterações na comunicação social, padrões repetitivos de comportamento e restrições sensitivas. O Dr. Vinícius destaca a importância de buscar orientação profissional ao identificar esses sintomas, já que um sinal isolado não é suficiente para diagnosticar o autismo.
Os níveis de autismo não são determinados pela gravidade, mas sim pela necessidade de suporte do paciente para interagir na sociedade. O tratamento para o TEA é multidisciplinar e varia de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, podendo incluir terapias como fonoaudiologia, fisioterapia, psicomotricidade, entre outras.
É importante ressaltar que o aumento no número de casos de autismo também se deve à diminuição do preconceito e à maior informação disponível. Os autistas podem apresentar altas habilidades em áreas específicas, mas é fundamental compreender que cada pessoa com TEA é única e possui suas próprias limitações e potenciais.
O tratamento para o autismo visa sempre alcançar o máximo potencial de cada indivíduo, com a colaboração da família, dos terapeutas e da sociedade. A conscientização e a busca por uma maior compreensão sobre o TEA são essenciais para a inclusão e o respeito às pessoas autistas em nossa sociedade.