Reforço policial na Baixada Santista chega ao fim após Operação Verão; efetivo permanente é ampliado para combate ao crime.

O reforço de policiais do interior e da capital na Baixada Santista chegou ao fim nesta segunda-feira (1°), marcando o encerramento da terceira fase da Operação Verão. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a estratégia de combate ao crime organizado, focada na asfixia financeira do tráfico de drogas, será substituída pela ampliação do efetivo de 341 PMs, que passarão a atuar de forma permanente nas cidades da região.

O secretário da pasta, Guilherme Derrite, anunciou o encerramento da operação após declarar que os objetivos foram cumpridos com sucesso. Ele enfatizou a importância do trabalho conjunto das polícias na identificação e captura de alvos, assim como na redução dos índices criminais na Baixada Santista. Com a presença constante do reforço de efetivo, Derrite ressaltou que o combate ao tráfico de drogas será contínuo em uma das regiões mais desafiadoras do estado de São Paulo, devido à sua localização estratégica e ao fluxo de entorpecentes para a Europa através do porto de Santos.

Durante a terceira fase da operação, a Secretaria da Segurança Pública realocou temporariamente o gabinete da pasta para Santos, sede do Comando de Policiamento do Interior (CPI-6), a fim de intensificar as ações no combate ao crime na região. No entanto, o resultado do trabalho das forças de segurança não foi isento de polêmicas, como o caso da morte de um jovem de 22 anos durante uma operação da Polícia Militar na Vila Santa Rosa, no Guarujá.

Segundo informações da SSP, o rapaz teria sido avistado pelos policiais com uma sacola e um rádio comunicador, além de supostamente estar armado. Ao tentar fugir, o jovem teria apontado uma arma na direção dos agentes, que reagiram atirando, resultando em sua morte no local. A operação também resultou na apreensão de uma pistola e diversas porções de drogas ilícitas.

Desde o início da Operação Verão, em dezembro de 2023, foram registradas 56 mortes em supostos confrontos com a polícia, assim como a prisão de mais de mil infratores, a apreensão de toneladas de drogas e armas ilegais, refletindo na queda dos índices de roubo na região. A gestão paulista anunciou investimentos na ordem de R$70 milhões para reforçar a segurança na Baixada, visando à reforma e conclusão de unidades policiais, além da aquisição de novos equipamentos.

Durante a operação, foram realizadas prisões consideradas importantes, incluindo de lideranças do crime organizado que atuavam na região. Nomes como Karen de Moura Tanaka Mori, conhecida como “Japa do PCC”, e Caio Vinicius, apelidado de “Nego Boy”, foram detidos pelas autoridades. A operação também resultou na identificação e morte de Rodrigo Pires dos Santos, conhecido como “Danone”, após trocar tiros com policiais.

A operação Verão na Baixada Santista foi marcada por intensas ações de combate ao crime, que resultaram na prisão de criminosos de alta periculosidade e na apreensão de substanciais quantidades de drogas e armas. A presença do reforço de efetivo policial proporcionou impactos positivos na redução dos índices criminais na região, refletindo o compromisso das forças de segurança com a população local. A continuidade do trabalho de combate ao tráfico de drogas e criminalidade será fundamental para manter a segurança e a ordem na Baixada Santista.

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