Presidente do Senado mantém desoneração da folha para municípios com até 156 mil habitantes, revogando parte da medida provisória.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tomou uma decisão importante em relação à medida provisória que tratava da desoneração da folha de pagamentos. Pacheco optou por não prorrogar a validade de parte da medida provisória, o que resulta na manutenção da desoneração da folha para municípios com até 156 mil habitantes, que havia sido revogada pela MP.

Essa decisão foi baseada na regra da noventena, que determina um prazo de 90 dias para que uma lei de alteração de tributos entre em vigor. Caso a validade fosse prorrogada, as prefeituras teriam que arcar com uma alíquota de 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos, ao invés dos atuais 8%. Com essa ação, apenas os dispositivos da MP que revogavam a desoneração da folha das empresas e das prefeituras perderam a validade.

Segundo Pacheco, a discussão sobre a desoneração da folha de pagamento deve ser tratada integralmente por projeto de lei, e não por medida provisória. Ele ressaltou a importância de garantir previsibilidade e segurança jurídica para todos os envolvidos. Essa decisão do presidente do Senado abre espaço para um debate mais amplo sobre o tema e a busca por um modelo mais justo para o Brasil.

A cronologia desse processo envolve a aprovação do PL 334/2023, que prorrogava a desoneração da folha para 17 setores da economia e reduzia a alíquota da contribuição previdenciária para municípios menores. Esse projeto foi vetado pelo presidente Lula, mas teve o veto derrubado pelo Congresso. A partir daí, a discussão sobre a desoneração da folha foi intensa e resultou na edição de duas medidas provisórias pelo governo.

Com a prorrogação de parte da medida provisória e a manutenção da discussão sobre o tema no Congresso, a expectativa é de que um novo modelo para a desoneração da folha de pagamentos seja construído de forma mais transparente e democrática, buscando atender aos interesses não só das empresas, mas também das prefeituras e dos trabalhadores envolvidos.

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