MPE defende cassação de Sergio Moro por abuso de poder econômico nas eleições de 2022 no Paraná

Nesta segunda-feira (1º), o Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou sua argumentação em favor da cassação do mandato do senador Sergio Moro, pelo partido União-PR. A manifestação foi feita pelo procurador Marcelo Godoy durante a sessão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, que está analisando dois processos nos quais o PT e o PL acusam Moro de abuso de poder econômico.

De acordo com as acusações, Moro, que em 2021 estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República, teria feito gastos irregulares durante o período de pré-campanha em 2022. Alega-se que esses gastos geraram uma “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador, devido aos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar o Podemos e se candidatar pelo partido União.

Segundo a acusação, cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário teriam sido gastos com a filiação de Moro ao Podemos, contratação de produção de vídeos para promoção pessoal e consultorias eleitorais. O procurador, em sua sustentação, reafirmou seu parecer favorável à cassação, alegando que houve um “benefício pessoal” de Moro em parte desses gastos.

O julgamento prosseguiu com a manifestação do voto do relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, e mais seis magistrados poderão votar. O TRE agendou mais duas sessões para os dias 3 e 8 de abril, caso o julgamento não seja concluído hoje, para finalizar a análise do caso.

Caso a cassação seja confirmada, Moro e o primeiro-suplente, Luiz Felipe Cunha, podem ser declarados inelegíveis, segundo a manifestação do Ministério Público Eleitoral. O desfecho desse julgamento promete ser decisivo para o futuro político do ex-juiz e atual senador Sergio Moro.

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