O que teria sido do Brasil sem os 21 anos de ditadura, se a democracia não tivesse sido interrompida de forma tão abrupta? Essa é a reflexão que a Radioagência Nacional traz à tona com o lançamento do podcast “Golpe de 64: Perdas e Danos”. Com seis capítulos de cerca de 30 minutos cada, o segundo episódio está previsto para ir ao ar no dia 11 de abril, com os demais capítulos sendo lançados semanalmente às quintas-feiras.
A primeira temporada, intitulada “Futuro Interrompido”, aborda a movimentação política da época e as principais Reformas Estruturais de Base propostas por João Goulart. Um dos momentos icônicos desse período foi o comício realizado no dia 13 de março de 1964, que reuniu cerca de 200 mil pessoas na Central do Brasil em apoio às reformas.
As Reformas Estruturais de Base visavam enfrentar problemas crônicos do Brasil naquela época, como a concentração de terras, o analfabetismo e a falta de acesso à educação. Além disso, a série também explora os motivos que levaram à união da direita para interromper o processo democrático e derrubar o governo legítimo de João Goulart.
A narrativa do podcast se aprofunda nas propostas de reforma agrária, educacional, tributária, habitacional e energética apresentadas por Jango, revelando um projeto de país bastante diferente do que acabou se concretizando após o golpe. O objetivo é apresentar aos ouvintes o que poderia ter sido o futuro do Brasil caso a democracia não tivesse sido interrompida.
O podcast “Golpe de 64: Perdas e Danos” estará disponível no site da Radioagência Nacional e nas principais plataformas de podcasts, com uma versão em libras no YouTube da Rádio Nacional para garantir acesso a todos os públicos interessados. A série é uma produção das jornalistas Eliane Gonçalves e Sumaia Villela, que se dedicaram a trazer à tona esse importante capítulo da história do Brasil.
