Edneia, que era mãe de seis filhos, estava realizando tarefas do cotidiano, como levar um dos filhos ao barbeiro, comprar ovos de Páscoa e roupa, e aproveitou para conversar com uma amiga na praça. Segundo relatos de sua irmã Andréia Fernandes, Edneia era uma pessoa religiosa, sempre compartilhando sobre sua fé em Jesus no momento em que foi brutalmente atingida.
A família de Edneia encontra-se em estado de choque e busca por respostas sobre o ocorrido. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares que patrulhavam a região viram dois homens em uma moto e deram ordem de parada. Os homens teriam desobedecido e atirado contra os policiais, que revidaram. Infelizmente, Edneia acabou sendo atingida e não resistiu aos ferimentos.
A versão oficial apresentada pelas autoridades tem sido contestada por testemunhas, que afirmam que havia apenas uma moto passando pelo local no momento do disparo. Diante da comoção causada pela morte de Edneia, a Operação Verão no litoral paulista já contabiliza 55 mortos, levantando questões sobre o uso da força policial na região.
O caso de Edneia Fernandes Silva levanta debates sobre a atuação da polícia e a segurança pública nas cidades litorâneas. Organizações de direitos humanos chegaram a denunciar as ações da Polícia Militar à ONU, preocupadas com possíveis violações aos direitos humanos na região. O governador também foi criticado por sua postura diante das denúncias, evidenciando a necessidade de um debate mais amplo sobre a segurança e a atuação policial nas comunidades.