Embora ainda não tenham sido extraídos minerais das profundezas do mar, várias empresas privadas e agências governamentais, incluindo potências como China, Índia e Rússia, estão participando de uma verdadeira corrida para garantir a exploração destes recursos. Áreas como a Zona Clarion-Clipperton, no Pacífico norte, a Dorsal Mesoatlântica, no Atlântico norte, e o oceano Índico têm sido alvos de exploração após a obtenção de licenças da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.
Os Estados Unidos estão se preparando para iniciar a extração de minerais do seu próprio fundo do mar, visto que não ratificaram a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar e não operam em áreas internacionais. Diversos contratos de exploração foram concedidos até o momento, focando principalmente na busca por nódulos polimetálicos, ricos em minerais como manganês, cobalto, níquel e cobre.
A demanda por esses minerais tem aumentado significativamente com a transição para a energia limpa. Veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e baterias de armazenamento de energia dependem desses recursos que precisarão quintuplicar a extração até 2050 para suprir a crescente demanda. Há uma preocupação ambiental e geopolítica em torno da exploração desses minerais, especialmente com a presença marcante da China no mercado.
A China, que detém várias licenças para exploração de minerais em águas profundas, tem gerado preocupações entre seus concorrentes geopolíticos devido ao seu domínio na cadeia de suprimentos desses minerais. Países como Estados Unidos, Austrália e outros formaram a Parceria de Segurança Mineral para garantir o abastecimento de minerais estratégicos e críticos. O debate sobre a mineração em águas profundas continua, com cientistas e ativistas alertando para os impactos ecológicos que esta atividade pode gerar nos ecossistemas marinhos.