Reajuste de 2,16% encerra greve dos professores municipais em São Paulo após aprovação na Câmara dos Vereadores

Na última quinta-feira (28), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou o reajuste de 2,16% no salário dos professores da rede municipal, o que resultou no fim da greve dos servidores. O sindicato da categoria, que também exigia melhorias na progressão de carreira e nas condições de trabalho, aceitou a proposta da gestão do prefeito Ricardo Nunes, aprovada anteriormente pelos vereadores da capital paulista.

A partir de 1º de maio, o novo piso salarial passará a vigorar para todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas, enquanto o aumento de 2,16% sobre os valores do auxílio-refeição e vale-alimentação terá validade a partir de 1º de janeiro de 2025. Além disso, a negociação estabeleceu compromissos como ações voltadas para a saúde física e mental dos professores, a consolidação da política municipal de educação inclusiva e a promoção da segurança nas escolas.

O prefeito afirmou que o impacto da recomposição salarial nos cofres públicos será de aproximadamente R$ 500 milhões. Contudo, vereadores de oposição argumentam que o percentual oferecido é baixo diante da disponibilidade de recursos da prefeitura, que possui quase R$ 30 bilhões em caixa.

Para o vereador Fabio Riva, líder do governo na Câmara, a atual gestão tem se empenhado em valorizar os servidores municipais. Ele destacou que nos últimos três anos, a Prefeitura de São Paulo aumentou em 128% o impacto anual do orçamento da cidade com medidas de modernização e valorização dos funcionários públicos, resultando em um investimento de mais de R$ 5 bilhões em favor dos servidores.

A votação na Câmara Municipal contou com 37 votos favoráveis e 15 contrários, sob protesto dos professores que se concentraram no viaduto Jacareí. O Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo ressaltou que a luta não se resume apenas à questão financeira e que a pauta da educação engloba outras demandas.

A gestão Nunes assegurou que nenhum profissional da educação será penalizado pela greve, que teve início em 14 de março, e que terão os dias parados pagos mediante reposição. A prefeitura informou que a paralisação atingiu 3% das cerca de 4.000 escolas, incluindo as conveniadas, enquanto os sindicatos afirmam que 20% dos professores aderiram à greve.

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