O livro Mata Doce é descrito como um romance épico que aborda a história da personagem Maria Teresa, envolvendo outros personagens da região rural e explorando questões relacionadas à violência e o papel das mulheres. Luciany Aparecida, que anteriormente escrevia sob o pseudônimo de Rute Docaso, decidiu assinar sua primeira obra com seu próprio nome como forma de reivindicar sua identidade e ancestralidade, honrando a memória de sua avó.
Em entrevista, a autora destaca a importância de trazer à tona histórias que sensibilizem os leitores e permitam uma visão mais complexa do mundo. Ela ressalta a relevância de dar voz às vivências e experiências das mulheres nordestinas, desafiando estereótipos e representando a realidade a partir de uma perspectiva própria.
Luciany revela que foi ao lado de outras mulheres, em um ambiente de detenção, que se sentiu encorajada a se reconhecer como escritora e a compartilhar suas habilidades literárias com o mundo. A partir desse momento de libertação, a autora passou a contar histórias que refletem suas vivências e atravessamentos, trazendo à tona uma narrativa autêntica e empoderada.
Mata Doce, segundo Luciany Aparecida, é mais do que uma simples obra literária, é uma oportunidade de falar de si e escrever sua própria vida. A autora incentiva as leitoras a se identificarem com a história e a refletirem sobre a liberdade de narrar suas próprias vivências e visões de mundo. Em um cenário literário predominantemente masculino e branco, Luciany destaca-se como uma voz feminina e negra que traz à tona as nuances e complexidades da experiência nordestina.
Com uma narrativa envolvente e reflexiva, Luciany Aparecida promete conquistar o público com seu romance Mata Doce, convidando cada leitora a adentrar em seu universo literário e a se inspirar em sua jornada de autodescoberta e empoderamento. A obra representa não apenas a história de uma personagem fictícia, mas também a trajetória de uma autora que encontrou sua voz e sua liberdade através da escrita.