Aos 22 anos, durante o Carnaval campineiro, conheceu Zaiman de Brito Franco, com quem se casou e teve dois filhos, Marcos e Manoel. Infelizmente, Marcos faleceu em um acidente de carro aos 25 anos. Apesar da tragédia, Dilecta manteve um coração bondoso e não se deixou endurecer.
Após a separação do marido, os dois mantiveram uma forte amizade ao longo da vida. Comemoravam aniversários no mesmo dia e, em uma prova de amizade, o ex-marido ofereceu abrigo a Dilecta durante a construção de seu apartamento.
Dilecta, conhecida por sua alegria, amor ao próximo e cultura, viajava frequentemente, acampava e ajudava as pessoas, reservando dinheiro para doações. Apesar de ter poucas roupas e pratos em casa, possuía uma impressionante coleção de quase 400 livros.
Aos 86 anos, Dilecta faleceu de infarto, deixando seu filho e ex-marido. Sua morte ocorreu no dia 14 de fevereiro, levando Manoel, seu filho fotojornalista, a refletir sobre o ciclo da vida: “Meu pai diz que eles se conheceram no Carnaval e ela morreu na Quarta-Feira de Cinzas”.
Dilecta deixa um legado de amor, bondade e paixão pela cultura, tendo tocado a vida daqueles que cruzaram seu caminho na Biblioteca Municipal de Campinas e além. Sua história é um exemplo de como a cultura e a generosidade podem deixar marcas profundas e duradouras nas vidas daqueles ao seu redor.