A primeira proposta consiste na criação de um mercado secundário de recebíveis imobiliários no Brasil. Essa iniciativa permitirá que os bancos financiem casas e utilizem os títulos de recebíveis dessas propriedades como garantia para liberar seu balanço e possibilitar novos financiamentos. Haddad ressaltou que essa medida, comum em outros países, poderá impulsionar significativamente o setor da construção civil no país.
A segunda proposta da MP envolve a renegociação das dívidas dos beneficiários do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Haddad destacou que, apesar de ser um programa bem sucedido, a trava de negociação existente impede que muitos inadimplentes consigam renegociar suas dívidas, sendo necessário corrigir essa falha.
Por fim, a terceira medida mencionada pelo ministro foca na criação de uma linha de microcrédito para beneficiários do Bolsa Família que desejam empreender e se tornar independentes do programa de transferência de renda. Haddad ressaltou a importância de oferecer acesso a crédito para essas pessoas, que muitas vezes desejam sair do Bolsa Família mas enfrentam dificuldades para iniciar um negócio.
Além disso, na semana anterior, o Estadão/Broadcast havia noticiado que a medida provisória do hedge cambial estava em fase de ajustes relacionados ao crédito, o que justificou o atraso em sua publicação. A regulamentação do hedge será realizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) após a divulgação da MP. O programa Eco Invest Brasil, lançado recentemente durante reuniões do G20 Brasil em São Paulo, visa facilitar a captação de recursos no exterior por empresas e investidores brasileiros. A expectativa é de que essas novas medidas contribuam para impulsionar a economia e fomentar o crescimento do país.