O ponto de encontro em questão era a casa de Jorge Santhiago Santos Geraldo, frequentada por Lessa, Macalé (PM Edmilson de Oliveira) e os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. O ambiente, que também incluía um haras da família Brazão, era frequentado para bebidas, jogos de sinuca e conversas sobre pássaros, sendo que Macalé era o principal entusiasta das aves, enquanto Lessa preferia a cerveja e o baralho.
A Polícia Federal conseguiu confirmar a presença de Lessa na residência de Santhiago naquele período, o que levantou suspeitas sobre a relação entre os envolvidos. Chama a atenção o fato de Chiquinho Brazão manter interesse por pássaros até os dias atuais, seguindo criatórios das aves nas redes sociais. Além disso, a polícia considera relevante o fato de Macalé ter sido assassinado enquanto guardava duas gaiolas dentro de seu veículo.
De acordo com o relato de Lessa à PF, Macalé teria sido o intermediário para seu encontro com os irmãos Brazão em 2017, momento em que teria sido discutido o plano para assassinar Marielle Franco. O ex-PM foi preso em 2019 sob a acusação de executar a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, e decidiu colaborar com as autoridades no início deste ano, implicando os irmãos Brazão no crime.
Os irmãos Brazão negam qualquer envolvimento no homicídio de Marielle Franco, mas as investigações continuam a fim de esclarecer os detalhes dessa trama sinistra que envolve política, crime e pássaros. O caso segue em andamento, e novas revelações podem surgir conforme as investigações avançam.