A presidente da Casa Tia Ciata, Gracy Mary Moreira, expressou sua indignação diante dos ocorridos. Em suas palavras: “Ninguém merece ser assaltado, invadido. A gente quer mais tranquilidade no nosso ir e vir no território chamado Pequena África, que é conhecido pelo Cais do Valongo, patrimônio da humanidade”.
Um pronunciamento feito pela Casa Tia Ciata em sua conta no Instagram chamou atenção para a situação de violência que assola a região da Pequena África. O post destacou a necessidade de ações conjuntas entre a comunidade e o poder público para combater as diversas formas de violência que impactam a região.
O espaço cultural carrega consigo a memória de Tia Ciata, figura fundamental na história da música e do samba carioca. Tia Ciata era conhecida por receber em sua casa, também seu terreiro, importantes nomes do samba, como Donga, Pixinguinha e João da Baiana. Foi nesse ambiente que se fundiu o estilo musical do Rio com o samba de roda da Bahia, contribuindo para a consolidação do gênero.
Diante dos recentes assaltos, fica evidente a vulnerabilidade enfrentada pela Casa Tia Ciata e a necessidade de medidas de segurança mais efetivas para proteger esse importante espaço cultural que preserva a história e a contribuição da comunidade afrodescendente para a cultura do Rio de Janeiro.