Casa Tia Ciata é alvo de ladrões duas vezes em uma semana, levando eletrodomésticos e objetos valiosos da cultura afro-brasileira.

No coração da região conhecida como Pequena África, no centro do Rio de Janeiro, a Casa Tia Ciata foi palco de dois assaltos em uma semana. Os criminosos invadiram o local e levaram dinheiro, eletrodomésticos como micro-ondas e cooktop, cabos, refletores de LED, retroprojetor e até uma porta de alumínio.

A presidente da Casa Tia Ciata, Gracy Mary Moreira, expressou sua indignação diante dos ocorridos. Em suas palavras: “Ninguém merece ser assaltado, invadido. A gente quer mais tranquilidade no nosso ir e vir no território chamado Pequena África, que é conhecido pelo Cais do Valongo, patrimônio da humanidade”.

Um pronunciamento feito pela Casa Tia Ciata em sua conta no Instagram chamou atenção para a situação de violência que assola a região da Pequena África. O post destacou a necessidade de ações conjuntas entre a comunidade e o poder público para combater as diversas formas de violência que impactam a região.

O espaço cultural carrega consigo a memória de Tia Ciata, figura fundamental na história da música e do samba carioca. Tia Ciata era conhecida por receber em sua casa, também seu terreiro, importantes nomes do samba, como Donga, Pixinguinha e João da Baiana. Foi nesse ambiente que se fundiu o estilo musical do Rio com o samba de roda da Bahia, contribuindo para a consolidação do gênero.

Diante dos recentes assaltos, fica evidente a vulnerabilidade enfrentada pela Casa Tia Ciata e a necessidade de medidas de segurança mais efetivas para proteger esse importante espaço cultural que preserva a história e a contribuição da comunidade afrodescendente para a cultura do Rio de Janeiro.

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