Durante a exposição do projeto, que teve duração de aproximadamente 40 minutos, foram destacadas diversas melhorias previstas, como a implementação de 273 km de novos acostamentos, 7 km de vias marginais, 73,8 km de rodovias duplicadas e 18 novas passarelas. Além disso, está prevista a criação de praças de pedágio no modelo “free flow”, com cobrança automática realizada por meio da leitura óptica da placa do veículo.
A diretora econômica e financeira da Companhia Paulista de Parcerias, Raquel França Carneiro, ressaltou que o novo sistema de cobrança de pedágio visa tornar o processo mais justo para cada usuário. Ela citou como exemplo a praça de pedágio de Sorocaba, localizada na rodovia Castello Branco, onde o valor atual de R$ 15,20 deve ser reduzido para R$ 10,57 em março de 2025 e, posteriormente, para R$ 2,64 no segundo ano seguinte. No entanto, outras 23 praças de pedágio serão implantadas nas estradas que conectam os municípios abrangidos pelo projeto.
Durante a apresentação dos dados do projeto, os representantes do governo enfatizaram a importância dos critérios ESG (governança social e ambiental) e do Programa Carbono Zero. Milton Persoli, diretor geral da Artesp, ressaltou a necessidade de seguir esses padrões internacionais de desenvolvimento socioambiental em projetos de grande porte como esse. No entanto, críticos apontam a falta de proteção e infraestrutura adequada para ciclistas e pedestres nas rodovias, ressaltando a importância de inclusão desses elementos no projeto.
O processo de consulta pública da Rota Sorocabana está aberto desde 11 de março e os interessados podem enviar sugestões até o dia 12 de abril. As contribuições recolhidas durante essa fase podem resultar em modificações que serão incorporadas ao projeto final. É importante ressaltar que a falta de menção explícita sobre ciclovias no projeto tem gerado críticas e questionamentos por parte de especialistas e membros da sociedade civil.