Assim como na primeira discussão, ocorrida no dia 20, a aprovação do reajuste foi marcada por protestos dentro e fora da Câmara. Os manifestantes ocuparam o viaduto Jacareí, exibindo cartazes e reivindicando melhores condições de trabalho e o fim da terceirização da mão de obra, especialmente na área de educação.
Durante a sessão, o presidente da Câmara, Milton Leite, determinou que a Guarda Civil Metropolitana retirasse duas mulheres que protestavam na galeria. O reajuste de 2,16% entrará em vigor a partir do dia 1º de maio e também se aplicará aos aposentados e pensionistas. O impacto nos cofres públicos será de quase R$ 500 milhões, segundo informações do prefeito.
A gestão Nunes defende a proposta, alegando que ela contempla a inflação acumulada de maio de 2023 a fevereiro deste ano, de acordo com o IPC-Fipe. No entanto, vereadores de oposição criticaram o percentual oferecido, argumentando que a prefeitura possui uma reserva considerável em caixa. Senival Moura (PT) afirmou que, neste caso, o argumento da pressão orçamentária não se justifica.
Por outro lado, João Jorge (PSDB) defendeu a proposta, ressaltando que nos últimos três anos foram direcionados bilhões para reajustes salariais. A base do governo assegura que a medida está de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e cobre a inflação do período. O reajuste de 2,16% também se aplicará ao auxílio-refeição e ao vale-alimentação dos servidores.
Além disso, parte dos professores da rede municipal já está em greve desde o dia 14, reivindicando o fim do pagamento por subsídio e outras demandas relacionadas à categoria. O Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo afirmou que a paralisação continuará, evidenciando o clima de tensão entre os servidores públicos e a gestão municipal.