Os Estados Unidos, que vinham vetando resoluções anteriores que pediam o cessar-fogo imediato, optaram por se abster na votação. Já a Rússia propôs uma emenda para tornar o cessar-fogo permanente, porém a medida foi vetada pelos EUA.
A resolução foi aprovada com 14 votos favoráveis, nenhuma oposição e uma abstenção. O representante da Argélia, Amar Bendjama, comemorou o resultado, enfatizando que o Conselho de Segurança finalmente assumiu sua responsabilidade de promover a paz internacional.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, justificou sua abstenção, alegando que a resolução não condenava o Hamas e não condicionava o cessar-fogo à libertação de reféns israelenses.
Antes da votação, a Rússia propôs uma alteração no texto para tornar o cessar-fogo permanente, mas a iniciativa foi rejeitada pelos EUA. O representante do país, Vassily Nebenzia, argumentou que a trégua proposta era temporária e poderia permitir a retomada das hostilidades por parte de Israel.
França e China celebraram a aprovação da resolução e expressaram o desejo de trabalhar para um cessar-fogo permanente após o término do Ramadã. O representante da Palestina na ONU agradeceu aos países que colaboraram com a resolução e pediu que todos se unissem para garantir sua implementação.
Por outro lado, o representante de Israel na ONU criticou a resolução, alegando que não deveria ter sido aprovada sem a condição da liberação de reféns e alertou que ela poderia beneficiar o grupo terrorista Hamas.
A decisão do Conselho de Segurança foi considerada um passo importante para a resolução do conflito na Faixa de Gaza, mas ainda há desafios a serem enfrentados para garantir um cessar-fogo duradouro e a paz na região.