Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi apontado pela PF como um dos arquitetos do crime. Sua defesa, porém, alega veementemente a inocência do acusado. Thalita Mesquita, advogada de Rivaldo, declarou que ele nega qualquer envolvimento com o assassinato de Marielle Franco e que a defesa tem convicção da inocência do cliente.
Além de Rivaldo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, impôs medidas cautelares à esposa do ex-chefe da Polícia Civil, Érika Andrade de Almeida Araújo. Ela deverá usar tornozeleira eletrônica e ter restrições de saída durante a noite e finais de semana.
Outro alvo da operação foi o deputado Chiquinho Brazão, da União-RJ, e seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Chiquinho Brazão preferiu não comentar sobre a situação, enquanto Domingos Brazão reiterou que não há ligação dele com o caso e se colocou à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. A defesa de Domingos enfatizou a inexistência de motivação que o envolva no crime.
Giniton Lages, Marco Pinto e Robson Fonseca também foram alvo das medidas do STF. Giniton Lages e Marco Antônio de Barros Pinto tiveram suspensão do exercício da função pública e outras restrições, enquanto Robson Calixto Fonseca, apontado como intermediador dos contatos entre Brazão e os executores do crime, não foi localizado.
Os desdobramentos da operação continuam a surtir efeitos e revelam um cenário complexo e delicado envolvendo autoridades policiais e figuras políticas de destaque no Rio de Janeiro. O desfecho desse caso certamente será acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades.