Braga Netto, que na época era o interventor federal no estado, afirmou que o nome de Rivaldo Barbosa foi indicado pelo então secretário de Segurança Pública, o general Richard Fernandes Nunes. Esta nomeação aconteceu em um contexto delicado, com a intervenção federal decretada pelo então presidente Michel Temer e o Rio de Janeiro passando por uma fase crítica em termos de segurança.
Rivaldo Barbosa, que agora está preso e é visto como um dos arquitetos do crime ao lado dos irmãos Brazão, assumiu o cargo de chefe de polícia em março de 2018. A sua nomeação foi assinada por Braga Netto, que era o interventor federal na época, e posteriormente ele tomou posse do cargo.
Segundo a defesa de Braga Netto, durante a intervenção federal a Polícia Civil estava subordinada à Secretaria de Segurança Pública e as nomeações eram feitas exclusivamente pelo então secretário. A defesa também ressaltou que, por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo interventor federal, que na prática era o governador na área da segurança pública no RJ.
Além disso, Braga Netto também teve uma trajetória política ligada a Jair Bolsonaro e ao PL. Ele foi vice do ex-presidente na campanha à reeleição e posteriormente foi envolvido em planos de golpe de Estado tramados por bolsonaristas.
O caso das nomeações durante a intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018 continua sendo investigado e levanta questionamentos sobre a gestão e os bastidores da segurança pública naquele período conturbado.