De acordo com as investigações, os nomes dos presos são apontados como os autores intelectuais dos crimes de homicídio, sendo também investigados por organização criminosa e obstrução de justiça. A operação que culminou nas prisões aconteceu no domingo visando surpreender os suspeitos, com indícios de que estes poderiam tentar fugir.
No caso de Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, ele já estava sendo investigado desde o início das apurações em 2018. Sua implicação no caso se deu após o acordo de colaboração de Élcio de Queiroz, acusado junto com o ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos contra Marielle e Anderson. Brazão tem uma longa trajetória na política, tendo sido vereador, deputado estadual e atualmente conselheiro do TCE do Rio.
Já Chiquinho Brazão, deputado federal e membro da mesma família de Domingos Brazão, possui influência política no estado do Rio de Janeiro. Ele foi eleito vereador em 2004 e desde então vem reelegendo-se nas eleições seguintes, ocupando também o cargo de deputado federal desde 2018. Recentemente, Chiquinho Brazão assumiu a Secretaria Municipal de Ação Comunitária na gestão de Eduardo Paes, mas foi exonerado após ser citado nas negociações de delação premiada de Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do assassinato de Marielle Franco.
As prisões dos suspeitos representam um avanço nas investigações e na busca por justiça no caso que chocou o país. As autoridades seguem trabalhando para esclarecer por completo as circunstâncias que levaram ao brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.