A busca por melhorias nas praias brasileiras tem sido uma tendência nos últimos anos, com a previsão de uso de uma quantidade de areia equivalente a 12 Maracanãs para o alargamento das praias. Em Balneário Camboriú, a falta de balneabilidade está intimamente ligada aos problemas de saneamento básico, segundo o oceanógrafo Marcus Adonai, que aponta a questão do esgoto não tratado ou mal tratado como um dos principais problemas.
O Ministério Público de Santa Catarina identificou que o rio Camboriú está recebendo esgoto in natura da Estação de Tratamento de Esgoto, resultando em um cenário desastroso para a cidade. Um Termo de Ajustamento de Conduta foi firmado entre o Ministério Público e a Emasa em dezembro de 2022, porém a Promotoria afirma que os termos do acordo não estão sendo cumpridos, com problemas no tratamento preliminar e nos decantadores.
O prefeito Fabricio Oliveira defende as ações de reurbanização da orla, afirmando que não há relação direta entre este projeto e as questões de balneabilidade. Ele reconhece uma falha na estação de tratamento de esgoto, mas afirma que o problema foi corrigido. Oliveira contesta os dados de balneabilidade levantados pelo IMA e afirma que as análises da Emasa indicam condições próprias para banho, apesar de haver pontos impróprios nas últimas análises da autarquia.
O prefeito também aponta para possíveis melhorias na balneabilidade com a ampliação do saneamento em Camboriú. A questão da qualidade da água e da reurbanização da orla são pontos que continuam sendo debatidos em Balneário Camboriú, com diferentes opiniões sobre qual deveria ser a prioridade no momento.