Em São Luís, Maranhão, os participantes se reuniram na praça Deodoro, no centro da cidade, às 9h, para um ato simbólico. Durante uma assembleia popular, as lideranças presentes enfatizaram a importância de responsabilizar os envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Criticaram, ainda, a omissão do governo em relação ao período da ditadura.
Danilo Serejo, liderança quilombola e integrante do Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara (Mabe), destacou a importância de manter viva a memória do golpe de 64. Para ele, as ações atuais estão conectadas aos eventos passados, enfatizando a necessidade de punição aos responsáveis pelos golpes de janeiro deste ano.
A voz dos estudantes também esteve presente no ato, representada pelo vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Maranhão, Clark Azúca. Ele frisou a importância do direito à memória e à verdade, lembrando os mártires da luta contra a ditadura militar, como Honestino Guimarães e Edson Luís. Azúca ressaltou a necessidade de elaborar a memória pública do país para que os erros do passado não se repitam.
A presença da juventude nas manifestações também foi destacada pela professora Arleth Borges, da Universidade Federal do Maranhão, que enfatizou o papel fundamental dos estudantes nas lutas populares. Ela ressaltou a importância de continuar defendendo os valores democráticos e a construção do Museu de Memória e Direitos Humanos, para preservar a memória da ditadura militar.
Além das questões relacionadas à história do Brasil, os manifestantes também chamaram a atenção para o massacre contra o povo palestino em Gaza, promovido por Israel. A solidariedade com o povo palestino também marcou o ato, destacando a importância de conhecer e denunciar os genocídios que ocorrem pelo mundo.
Em meio a todas essas manifestações e reivindicações, a sociedade brasileira reafirma sua luta por democracia, memória, justiça e contra qualquer forma de retrocesso autoritário. A voz das ruas ecoa em defesa dos direitos democráticos conquistados com muita luta e sacrifício, e a memória do passado se faz presente para iluminar o caminho do futuro.