Carlos Eduardo Santana, nascido em Passa Quatro, formou-se na PUC do Rio de Janeiro e era mestre em telecomunicações pelo Inpe e PhD em eletrofísica pela Universidade de Nova York. Ao longo de sua carreira, ele esteve à frente de diversos sistemas espaciais desenvolvidos pelo instituto brasileiro, mas seu grande xodó foi o SCD-I, que continua em operação no espaço até os dias de hoje.
O satélite, com 1,45 m e 115 quilos, leva menos de duas horas para completar uma volta ao redor do planeta e já realizou mais de 160 mil missões. Santana começou a desenvolvê-lo no final dos anos 1970 e finalmente conseguiu lançá-lo ao espaço em 1993. Sua contribuição para o programa espacial brasileiro foi fundamental, transformando o país de mero espectador em um ator ativo nessa área.
O enterro de Santana foi marcado pela presença de políticos, da classe científica e de familiares e amigos. Ele deixou sua companheira, Suely Galhardo de Castro Santana, com quem compartilhou 54 anos de vida, além dos filhos Carlos Eduardo, Juliana e Renata, e dos netos João Lucca, Luiza, Isabela, Beatriz, Sofia e Leonardo. Sua morte deixou um vazio na comunidade científica brasileira, que reconhece sua importância e legado para o desenvolvimento tecnológico do país.