A Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica em São Paulo, divulgou no início da tarde desta sexta-feira (22) uma explicação para o apagão que atingiu a rua 25 de Março e o bairro de Santa Cecília na noite de quinta-feira (21). De acordo com a Enel, o apagão foi agravado pelo excesso de consumo de energia associado às altas temperaturas, dificultando a recomposição das redes subterrâneas nessas regiões e deixando alguns grupos de clientes sem fornecimento de energia.
Segundo a empresa, o trabalho de recomposição de uma rede subterrânea em galerias é bastante complexo, envolvendo espaços confinados e exigindo cuidado redobrado com as condições de segurança para que os técnicos possam atuar. A Enel também informou que parte das lojas na região da 25 de Março ainda estava sem luz na manhã desta sexta-feira, com a instalação de geradores para suprir a demanda. Já na Santa Cecília, comerciantes e moradores acumulam prejuízos desde o primeiro apagão ocorrido na segunda-feira (18).
A Enel garantiu que o fornecimento de energia foi completamente restabelecido na região da 25 de Março por volta do meio-dia, mas na Santa Cecília apenas 40% dos clientes afetados tiveram o serviço normalizado. Moradores da região da República, onde fica o edifício Copan, também enfrentam falta de energia desde a noite de quinta e se queixam da falta de informações da Enel e da ausência de previsão para a solução do problema.
Em entrevista à imprensa, o diretor de manutenção da Enel, Darcio Dias, afirmou que não havia previsão para o restabelecimento pleno do fornecimento de luz na região central. Ele ressaltou que a empresa está trabalhando para voltar à composição da rede original e que monitora a situação, mas não pode precisar quando a rede será totalmente estabilizada.
A Enel havia relatado anteriormente que o problema foi causado por uma escavação que atingiu cabos da rede subterrânea realizada pela Sabesp, empresa de saneamento de São Paulo. No entanto, a Sabesp negou qualquer responsabilidade, alegando que não encontrou indícios de que sua obra tenha danificado a fiação elétrica. A situação continua sendo acompanhada de perto pela população e pelas autoridades locais, com a expectativa de que a normalização do fornecimento de energia seja feita o mais breve possível.
