Segundo informações obtidas, a suspeita de exploração ilegal de madeira envolve uma empresa que recebeu multas do Ibama por irregularidades no recebimento de madeira nativa. Porém, a firma nega qualquer irregularidade em suas operações. Além disso, a aprovação do projeto pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi realizada mesmo com pareceres técnicos contrários e suspeitas de falsificação de assinaturas de beneficiários.
O projeto em questão abrange uma área de 172 mil hectares de floresta, quase um terço da área do assentamento, onde vivem quase duas mil famílias. A exploração de madeira, prevista de forma comunitária, tem sido questionada quanto ao seu caráter empresarial, com um volume máximo de corte por hectare que demanda um longo período de descanso da área após a finalização do projeto.
As empresas responsáveis pela exploração da madeira no projeto, TW Forest e Eco Forte Bioenergia, afirmam que operam de forma séria e contribuem com a comunidade local através do pagamento de bolsas em dinheiro. A Eco Forte Bioenergia, inclusive, apresentou os resultados do projeto na COP28, conferência da ONU sobre mudanças climáticas.
Diante das multas aplicadas pelo Ibama e das irregularidades apontadas, a investigação do MPF e da Polícia Federal segue em andamento. Tanto o senador Davi Alcolumbre quanto o senador Randolfe Rodrigues se posicionaram em favor do desenvolvimento sustentável da região, ressaltando a importância do manejo sustentável como solução para a Amazônia. Acompanharemos o desenrolar desse caso para trazer mais informações conforme disponíveis.