Nos imóveis residenciais, a tendência é que novos prédios já sejam entregues com tecnologias para o aproveitamento da água pluvial. O presidente da Acigabc, José Julio Diaz Cabriano, acredita que, com incentivos governamentais e atualizações nas leis de zoneamento, essa prática se tornará mais comum.
Já para os edifícios mais antigos, existem soluções para captar água da chuva e distribuir em áreas comuns. No caso das indústrias, a preocupação principal é o custo de implantação e o retorno financeiro, com empresas se tornando cada vez mais energicamente eficientes.
Para o professor de engenharia civil do IMT, Helio Narchi, o aproveitamento da água da chuva é mais viável do que o reuso da água utilizada. Ele ressalta a importância de estudos e normas para regulamentar melhor esse tema.
A professora de engenharia ambiental da UFABC, Melissa Cristina Pereira Graciosa, destaca a necessidade de educação ambiental e normatização para promover o uso seguro da água de reuso e da água da chuva.
Questões ambientais relacionadas à água também são discutidas na esfera jurídica, com processos que se arrastam nos tribunais. O advogado especializado em Direito Ambiental, Virgílio Alcides de Farias, destaca a falta de ensino sobre meio ambiente nas escolas e a necessidade de priorizar a questão da água.
No ABC, diversas ações estão programadas para marcar o Dia Mundial da Água, com eventos em Santo André, Diadema e São Bernardo. A conscientização sobre o uso consciente da água é o tema central dessas atividades, que visam promover a educação ambiental e preservação dos recursos hídricos.