A Operação Janus mobilizou cerca de 50 agentes da PF, que cumpriram 10 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Bom Jardim. A ação contou com o apoio de 12 auditores da Controladoria Geral da União (CGU).
Durante as buscas, foram encontrados bens de luxo, como carros, relógios e uma quantia em dinheiro equivalente a cerca de R$ 30 mil. Além disso, um lagarto australiano foi apreendido em um dos locais alvo da operação. A filha de um dos investigados foi presa em flagrante e conduzida para a superintendência da PF.
O esquema de fraudes envolvia irregularidades em processos de dispensa de licitações para a aquisição de equipamentos de combate à covid-19. As investigações apontaram que houve superfaturamento nas contratações feitas junto à prefeitura de Duque de Caxias por meio de empresas fictícias.
A Polícia Federal, ao realizar a operação, busca reunir novos elementos de prova, cumprir as ordens judiciais e impedir a reestruturação da organização criminosa. Além das fraudes em licitações, os envolvidos responderão por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.
O nome da operação, Janus, faz referência a uma figura da mitologia romana, o deus dos começos e das transições, frequentemente representado com duas faces. A Agência Brasil tentou contatar a prefeitura de Duque de Caxias para obter mais informações, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.